sexta-feira, dezembro 14, 2012

Sobre a morte e o morrer - Rubem Alves



O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?

Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.
Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.
Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.


texto colhido em 
http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=54440&cd_secao=57347&cd_materia=334519 


- Muito me alivia saber que meu pai teve três lindas mulheres para lhe dar colo na passagem. Amor, carinho, luz e certeza de trilhar novos caminhos em liberdade. Adri, Ane e Fernanda. Nada de tubos e mais remédios. Gratidão, gratidão, gratidão.

quarta-feira, outubro 10, 2012

Enquanto o corredor que leva à fama fica atravancado de pessoas mortas de fome de sucesso, o universo dos valores humanos vai se enchendo de questionadores dos princípios éticos... mas tem que ter fé e perseverar pra que a manipulação ideológica abestalhante não se torne soberana. Vamos nós!

terça-feira, agosto 07, 2012

Cecília Meireles



Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
 
O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
 
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
 
nas colunas da colina.

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Saudade de ouvir minha manina Daniela Lasalvia cantando esse poema que Diana Pequeno musicou, Dércio Marques gravou lindamente no "Anjos da Terra".


quarta-feira, maio 30, 2012


Muito especial a apresentação de 18/05 no Canto do Brasil, espaço dirigido por Regina Machado, uma pessoa muito especial e que tem um longo caminho no ensino do cantar. Além disso a equipe toda do Canto é muito bacana e competente. Delícia de noite. Fiquei tão lisonjeada com suas palavras no FB, que as transcrevo aqui:

"Ontem à noite a terra tremeu, os ventos sopraram e as águas abriram caminho para a passagem das Vozes Bugras aqui no Canto Do Brasil!!! Foi lindo demais!! Sete mulheres lindas e fortes, com seus cantos, seus tambores, suas violas, trazendo para todos nós o universo mágico e transformador desse Brasil entranhado! Foi uma noite de Iansã e Oxum, de sertão e floresta, de mares e rios, de tudo que é mais essencial, brasileiro e feminino! Verdadeiras feiticeiras transformando a música em energia transbordando do palco para a plateia lotada!! Quem veio sabe...Foi muito especial! Obrigada Cassia Maria Araujo e todas as outras Bugras! Valeu demais!! Maga Lieri e Silvia Regina Ferreira."

Regina Machado


sábado, maio 05, 2012

Amigos,

Em maio estaremos no Canto do Brasil dia 18 às 21h (no link abaixo) e no SESC Vila Mariana, Praça de eventos, nos dias 12 e 26 às 13:30h.
Venham! Beijos!

http://www.cantodobrasil.com.br/agenda/vozes-bugras-show/

Das pedras

Cora Coralina


Ajuntei todas as pedras
Foto: Carolina Simiema/G1)
Que vieram sobre mim
Levantei uma escada muito alta
E no ato subi
Teci um tapete floreado
E no sonho me perdi
Uma estrada,
Um leito,
Uma casa,
Um companheiro,
Tudo de pedra
Entre pedras
Cresceu a minha poesia
Minha vida...
Quebrando pedras
E plantando flores
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude 
dos meus versos



domingo, abril 29, 2012

Há escolhas difíceis que, apesar do desconforto inicial da sensação de falta de chão, são um alívio para deixar de repetir velhas canções de desamor numa vida. Foi assim que caiu minha ficha vendo o filme As Canções, de Eduardo Coutinho. Quase todas as canções que marcaram a vida daquelas pessoas se referem ao grande amor vivido ou não, perdido, traído, frustrado... Retrato em branco e preto é a gota! Agora eu rio, mas foi a gota mesmo, parecia de encomenda!!! E de encomenda, numa roda de samba com amigos alguém puxou Ex-amor do Martinho da Vila. As canções estão sempre conversando com a vida da gente, reverberando no coração, iluminando a compreensão, marcando encontros em que se ultrapassa o simples contato e se criam laços. Como disse Milton Nascimento, "cabem tão dentro de mim, que perguntar carece, como não fui eu que fiz".

segunda-feira, março 26, 2012

"Para Maria da Graça" de Paulo Mendes Campos

Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira. 

A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada ou vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon" Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! mas quem ganhou?" é bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste.
Disse o ratinho: "A minha história é longa e triste!" Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance só é o jeito de contar uma vida, foge, polida mas energeticamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!" Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.
Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo" Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta a parábola perfeita: Alice tinha diminuido tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. é isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por grande e grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom-humor`.
Toda a pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".
Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: é feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.

quarta-feira, março 14, 2012

Dia do Basta - Contra Corrupção e a Favor da Educação: O Dia do Basta

Dia do Basta - Contra Corrupção e a Favor da Educação: O Dia do Basta: Basta! Basta de sacrificar uma vida atrás de um balcão, de ser peça de máquina, engrenagem de indústria, de calejar a mão carregando tijolo...
Conseguimos alcançar o valor para finalizar o CD Vozes Bugras! Muito agradecida, amigos! Acreditamos em vocês, e vocês acreditaram em nós, agora vamos realizar o disco!
Beijos!

quarta-feira, março 07, 2012

Erghen Diado

Erghen Diado - Faixa 1

Canção folclórica da Bulgária, que conhecemos através do coral Le Mystère des Voix Bulgares", o qual nos inspirou o trocadilho que deu origem ao nome Vozes Bugras.
Aqui nosso canto em sua homenagem. Quem dera um dia cantar com essa mulherada!!!

24 toques para ser feliz

Do Roberto Shinyashiki para quem esteja aberto e disposto:






24 toques para ser mais feliz. 

Céu de carnaval em São João Novo

01 - Seja ético. 

A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança. 

02 - Estude sempre e muito. 

A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer. 

03 - Acredite sempre no amor. 

Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado,curta a dor, mas se abra para outro amor. 

04 - Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas. 

O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados. 

05 - Eleve suas expectativas. 

Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: "isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

06 - Curta muito a sua companhia. 

Casamento dá certo para quem não é dependente. 

07 - Tenha metas claras. 

A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras o sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro. 

08 - Cuide bem do seu corpo. 

Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também. 

09 - Declare o seu amor. 

Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais. 

10 - Amplie os seus relacionamentos profissionais. 

Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos. 

11 - Seja simples. 

Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.

12 - Não imite o modelo masculino do sucesso. 

Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina - é mais natural e mais criativa. 

13 - Tenha um orientador. 

Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.

14 - Jogue fora o vício da preocupação. 

Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem ... Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas. 

15 - O amor é um jogo cooperativo. 

Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time. 

16 - Tenha amigos vencedores. 

Aproxime-se de pessoas com alegria de viver. 

17 - Diga adeus a quem não o(a) merece. 

Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe... e deixe o espaço livre para um novo amor. 

18 - Resolva! 

A mulher/homem do milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários. 

19 - Aceite o ritmo do amor. 

Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração. 

20 - Celebre as vitórias. 

Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes. 

21 - Perdoe! 

Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também. 

22 - Arrisque! 

O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar. 

23 - Tenha uma vida espiritual. 

Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração e meditação são fontes de inspiração.

24 - Muita Paz, Harmonia e Amor... sempre!



colei de http://pensador.uol.com.br/autor/roberto_shinyashiki/

terça-feira, março 06, 2012

Vozes Bugras: Vozes Bugras no programa Café com Astral de 02/03/...

Amigos, já está no ar o programa Café com Astral do qual as Vozes Bugras participaram, numa entrevista muito divertida com a astróloga Kátia Ripani, misturando astrologia e música.
Segue o link do vídeo: http://vimeo.com/37830294
Bjo!

quinta-feira, março 01, 2012

Vozes Bugras no Café com Astral

Vozes Bugras no Café com Astral dessa sexta, 2/03, a partir das 14h00, ao vivo, pela www.alltv.com.br. Imperdível!
Nesse programa Kátia Ripani entrevista os convidados misturando música e astrologia, numa conversa deliciosa!
Assistam, amigos!
Bjs

sábado, fevereiro 25, 2012

Finalização do CD VOZES BUGRAS



Iniciamos 2012 com o objetivo de prensar aquele CD maravilhoso que gravamos e completamos a mixagem em maio do ano passado, masterizamos em setembro, e de lá para cá ficou suspenso o processo por falta de recursos financeiros. Então decidimos mandar nosso projeto para uma plataforma de crowdfunding, o CATARSE, para que possamos finalizar o CD com fianciamento coletivo, isto é, com o investimento dos amigos, simpatizantes, fãs e parceiros, que recebem em troca CDs, ingressos para nossos shows, mimos poéticos, show e axé especiais, mas acima de tudo nossa gratidão sincera e profunda.
Em breve estaremos com uma seção especial para dar os créditos aos nossos apoiadores.

Outra coisa muito inportante que nos deu um gás foi participar do Viola Minha Viola e receber a benção da madrinha Inezita Barroso e seu público tão caloroso! Foi gente telefonando do Brasil todo querendo o CD! Então temos que botar esse filho logo pra rodar no mundo, pra contemplar a generosidade e o carinho de quem ligou para dizer que gostou tanto e quer mais!
Agora tá tudo encaminhado e assim que o dinheiro entrar, o CD se materializa!




quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Vozes Bugras

Vozes Bugras (clique para ouvir)

Texto e voz de Anabel Andrés.

Esse texto poético eu compus há quase 10 anos, como uma homenagem a todas as vozes que queremos representar no nosso trabalho, como um manifesto.
Sofreu duas mudanças importantes ao longo do tempo, por exemplo, antes a primeira oração era:
Vozes Bugras são vozes de resistência. - mas conforme o tempo foi passando e o significado das palavras assentando, isso soava incompleto, pois não é só de resistência que se trata a preservação de raízes, senão de acolhimento de elementos novos que, ao serem reapropriados, fortalecem o sentido de manifestações de uma cultura. Antropofagia. Acolher e incorporar sem perder o sentido nuclear da cultura.
Ficou: Vozes bugras são vozes de resistência e acolhimento.
Outra mudança que conferiu um aprofundamento de sentido foi o que originalmente era:
Vozes camponesas, urbanas e suburbanas que ecoam na identidade de cada mulher deste Brasil.
Algo na palavra camponesas me soava meio panfletário, tipo manifesto comunista, não parecia orgânico. Passei algum tempo comentando essa inquietude, até que um dia veio a Ully e disse: - experimenta "sertanejas". É isso. A cara do Brasil é o sertão! Depois parecia incrível não ter ocorrido antes essa palavra tão cheia de sentido!
Foto de Juca Martins extraída do site http://bravoyouthfoundation.org/portugues/fotogaleria.html


Hoje o sinto redondo, fluente feito o som das folhas que o vento balança anunciando coisas que não tem tempo.


Anabel

Observação em 2021: Agora já fizemos mais mudanças no texto, pois conforme a sociedade se transforma novos sentidos se revelam em termos que podiam soar "naturais", como por exemplo a palavra "mulata", que quando escrevi significava a mestiçagem do negro e branco, porém agora se revelou com uma conotação extremamente negativa herdada do colonialismo, em desrespeito aos escravizados. Para esse termo a sugestão veio da Lucimara em 2019, e trocamos por "caiçaras", que também traz um olhar para a diversidade cultural e geográfica, compondo com o termo "sertanejas" esse reconhecimento de contextos.