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Juraildes da Cruz
Olha a chuva chovendo chovendo
Chovendo a chuva caindo
Olha a chuva molhando molhando
Olha o mar do amor se abrindo
Olha o sol clareando clareia
Olha o povo na areia corando
cada coração que norteia
é mais uma estrela brilhando
Cada sorriso que vejo
vejo um motivo nascendo
cada jeito tem seu povo
e um povo de um jeito sereno
(e esse povo é de um jeito sereno)
O lugar mais profundo
ou o mais alto do mundo
diante do grande é pequeno
O mistério do mar
quem sabe o sal tá sabendo
no critério dos sábios
sobe quem vem descobrindo
A humanidade é
as penas de um passarinho, dispenando
que veio ao chão de pé no chão, penujando
Pra sair do chão é sertão, acertando
Dispenando desempenando as penas pra voar
Dispenando desimpenar apenas voando
Olha a terra girando no espaço
passos caminhando
cada volta em volta do sol
tão alto e meus pés clariando
Olha o sol clareando clareia...
foto: Thraupis cyanoptera (sanhaço-de-encontro-azul)
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