Nada vos oferto
além destas mortes
de que me alimento
Caminhos não há
Mas os pés na grama
os inventarão
Aqui se inicia
uma viagem clara
para a encantação
Fonte, flor em fogo,
que é que nos espera
por detrás da noite?
Nada vos sovino:
com a minha incerteza
vos ilumino
GULLAR, Ferreira. “Sete poemas portugueses” Nº4. In: Toda poesia. 1950-1980. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. P.18.
Site do Ferreira Gullar
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Vira e mexe reverbera em mim esse poema... toda vez que bate aquela sensação de "caminhos não há". Me faz abrir um sorriso e continuar inventando caminhos no Aqui.
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