O divertido é decidir que, - sabendo da desimportância da existência ou não de deus na responsabilidade pelos atos com que vou construindo-me mulher, - justamente nos momentos em que não há a culpa, mas o júbilo talvez excessivo, que pode tornar-se a mais descabida vaidade, por saber que fui eu quem optou e agiu, momentos de decisão após angustiada escolha, decidir que sendo eu a criadora desse deus, sendo minha existência precedente à sua moral ou essência, quero-o.
Não é uma fé num deus que me precede e comanda, mas num que crio e se torna tão poderoso e divino em mim, que me torna parte de si, porque eu o escolho sem obrigação de fazê-lo, sem castigos, caso não o faça, sem "a priorismo" de suas palavras, sem melodrama ou visões delirantes.
E a esse deus que escolho, chamo amor. Amor é meu Deus. Porque o escolho e faço assim. E assim ele se faz em e através de mim, que não sou deus nem nada. Nem nada. E os sou.
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