Percebo a raiva virando crítica, depois desdém, depois atitude defensiva... "você sempre...", você nunca...", "somos muito diferentes."
As diferenças não geram crescimento quando significam pontos finais, quando em vez de parceria tomam significado de competição e rejeição. E se não há admiração, carinho, amizade, vontade de crescer e amadurecer num relacionamento, elas vão servindo apenas como desculpas esfarrapadas para justificar a indisposição de um para com o outro, travestidas de argumentação lógica. E tudo o que se pode ver no outro são defeitos.
Se há filhos, estes ficam contaminados pela qualidade desse clima emocional. Ficam ansiosos, angustiados, agressivos, de algum modo sentem que algo vai muito mal.
Fugir, fingir, ter uma atitude blazè, negar emoções, em vez de reconhecê-las e apropriar-se delas, é mais simples, aparentemente. Colocar uma pedra no assunto... Que tamanho de pedra precisaremos colocar, conforme passe o tempo, sobre uima relação mal resolvida?
Discutir conflitos pede coragem e amor, se não pelo outro, por si mesmo, amor-próprio. É uma escolha. Nem sempre é fácil decidir mergulhar e buscar caminhos para transcender nossas sombras. Tem muita tristeza, raiva, dor, mágoa, medo, guardados no nosso caráter. Mas escolher um pequeno movimento inicial coloca a roda para girar, e a rigidez estática desaba.
A questão é escolher o movimento e deixar a torre do orgulho.
Anabel
Bel, vi umas fotos no CCSP sobre dança e tal... e tinha uma foto do Umberto Silva dançando Tristão e Isolda! Espetáculo ja mencionado por vc aqui no Blog! Fiquei super emocionada pois eu tmbm sou admiradora do grande profissional que ele foi. Lembrei d vc Querida.
ResponderExcluirConcordo...
ResponderExcluirÉ preciso ter consciência de que estamos sempre mudando e a única forma de se manter uma relação prazerosa é acompanhar a mudança um do outro...
Li que só deveríamos casar com alguém com quem tivéssemos um grande prazer de conversar!
Concordo com esse ponto de vista, Ana. Sem conversa e sem tesão, não há solução!!!
ResponderExcluirSaudade! Bjo
Que maravilha termos em comum uma referência tão fundamental na dança contemporânea brasileira, Ma!
ResponderExcluirBom te encontrar por aqui! Mais uma vez, PARABÉNS!!!
Bjão
O tamanho da pedra não interessa. O problema é o peso.
ResponderExcluirÉs mesmo um folósofo poeta, Yan! Tens toda a razão. De que é feita essa pedra, afinal?
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