Aquele movimento que te ofereci não volta mais, e é eterno recomeçar.
Não me prenda nas tuas referências de costume.
Deixa que eu aconteça como sou, como dança, como afeto, como incompletude e fluência livre.
Olha para meu corpo, e enxerga minha imensidão. Transcende minhas formas, meus contornos com teu olhar. Olha minha luz em lugar de julgar minhas sombras.
Sente meu pulso. Pulsa comigo. Te entrega um pouco.
Deixa eu sonhar nossa fusão, e admirar nossas diferenças.
Que em lugar das acusações e críticas, brotem de nossas bocas sorrisos de velhos amigos, brindando a cumplicidade dos parceiros que sabem ter muita história em comum.
Mas se não há nada em nós que te comova mais, sossega, clareia minha angústia: me deixa.
Anabel
Imagem: Madonna, por Edvard Munch
Perfeito. Profundo. Sensível.
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