Ainda estou elaborando a ebulição do último encontro... os olhares, os toques, os cheiros, a respiração, as palavras, os sons, os movimentos, os sorrisos, os risos, os abraços, as lágrimas, os medos, a raiva, a tristeza, o tesão, o carinho, a cumplicidade, e o estranhamento frente àquilo que tem "sempre estado oculto, quando teria sido o óbvio".
Não estou conseguindo ser lírica com esse monte de cadáveres dentro de mim, nos quais ainda tropeço. Bem, posso deixar de falar em cadáveres, e me referir a essas cascas vazias como peles de serpentes...
Sueño con serpientes...
Um lado sorri e o outro ainda espera a paulada. E tem um medo forte plantado lá no meio dos dois. Dois lados cheios de gentes multifacetadas. Um muro de Berlim pra demolir dentro de mim. O hemisfério ocidental dizendo "vai ser feliz, tonta!", o oriental replicando "cuidado, vai se machucar...", e o corpo jogando capoeira com essa dicotomia. "Vou dizer a meu sinhô que a manteiga derramou"!
Ainda bem que tem Lenine!
"Se na cabeça do homem te um porão, onde mora o instinto e a repressão, me diz aí, o que é que tem no sótão? O que é que tem no sótão?"
Imagem: "A encantadora de serpentes" de Henri Rousseau
quente! não tenha medo do medo, ele está em tudo! nos faz ser belos também!
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