pois não é que um dia depois dessa postagem de 2017 fui varrida por um furacão de acontecimentos, emoções e sentimentos, e abriram-se tantas possibilidades, e tanto nó emaranhado foi destrinchado, que ainda estou aqui me aprumando...
Hora dessas eu conto quase tudo.
Coisa boa é ver filha crescer com atitude, graça, carinho, apesar da saudade da infância que (me) dá, entrando numa puberdade linda, dando seus primeiros voos (eu de olho, claro!).
Tantos questionamentos, desejos, umas tantas decepções, reflexões que surpreendem pela maturidade, e ainda momentos de pura ingenuidade e doçura quase infantil, que ficam só pra quem convive mesmo, pois lá fora tem que agir feito alguém bem mais maduro... E essa musicalidade incrível que ela tem! Me senti tão privilegiada numa tarde de arrumação do quarto em que acabei organizando sozinha as gavetas enquanto ela tocava ukulele cantando as músicas que curte. Poderia ficar dias nessa arrumação! :)
Por outro lado, tive que enxergar que enquanto há mulheres aprofundando vínculos e realmente abrindo novos caminhos dentro dessa sociedade colonialista patriarcal (ainda), há outras que ardilosamente lembram aquelas piadinhas machistas do século passado, onde a atitude oportunista pra derrubar a outra era tida como certa. Apesar do discurso de fachada feminista que hoje é de bom tom. Isso é difícil de engolir, mas ainda é, a meu ver, sintoma de adestramentos e escravidão sexual desses séculos todos.
Dos astros tenho tido muitos presentes em forma de amizades, viagens e música. Concretizando cada vez mais caminhos que pressenti ou esbocei na imaginação. Encontrando pessoas que olham nos olhos. Evitando um pouco (na verdade ao máximo...) as que me projetam suas sombras, e as que evitam olhar pra si pra não sair da leveza de superfície. Sorrisos largos às vezes afloram em lágrimas de gratidão, compaixão, saudade, inspiração pra seguir.
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