Ontem participei do workshop "Reeducação Visual" promovido pela Cia Danças em sua Sede, com a terapeuta Fernanda Leite Ribeiro, especialista no método de Meir Shneider, e saí com uma leveza no olhar, e o desejo de confundir os velhos padrões por onde absorvo o mundo. Reeducar o olhar, de modo que em lugar de esforçar-me por enxergar, permita que o mundo entre por meus olhos. Abrir lacunas no cotidiano para olhar ao longe, e relaxar o padrão de olhar tudo sempre de perto que ficou estabelecido com nossa evolução tecnológica. Desafiar o olho dominante. Aceitar com carinho certas consequências de uma dominância cruzada, em lugar de julgar-me menos capacitada... Olhar as estrelas do ponto de vista de um deus. Permitir-me mergulhar na mais profunda escuridão, o negro mais absoluto, onde de fato se pode descansar os olhos.
No monitor os olhos buscam em vão uma definição de imagem, e são iludidos por pixels em fluxos de luz, oscilam num nada. Dentro de mim flutuam no preto do espaço sideral.
No monitor os olhos buscam em vão uma definição de imagem, e são iludidos por pixels em fluxos de luz, oscilam num nada. Dentro de mim flutuam no preto do espaço sideral.
"Volver a sentir profundo como un niño frente a Diós", também ouvindo na vastidão de dentro...
Prospectar a vida imensa. O olhar define e antecede a direção do deslocamento, move-se antes do corpo. O olhar central me diz "o quê", o periférico "onde". Um coisa, outro fluxos. As sincronicidades avisando que o olho que tudo vê é meu mesmo. É de cada um mesmo. Inclusive de todos. Para todos. E inventa a todo instante. Ainda que sem onisciência.
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