Hoje fui viajar pelo Mundo Língua Palavra.
Peguei metrô até a Estação da Luz, desci, subi, entrei no edifício que os ingleses construiram em 1901 (reformado em 1946, depois de um incêndio criminoso), e logo que entrei fui me sentindo envolver pela Língua, por todos e em todos os sentidos.
Museu da Língua Portuguesa.
Museu tão vivo nunca visitei. Tão vivo quanto a própria língua. Nosso português, pulsante, vibrante em cada palavra, em toda entrelinha.
Um museu onde me senti preenchida de significados, significações e sensações que dão à identidade pela língua vivacidade, fluidez, sustentação, tesão!
Transformação, incorporação, apropriação, ações de infinito renovar. Recriar.
A beleza de ter tantos países navegando no mesmo idiomar. Ou um vôo espacial, que nos permite ver o planeta em português. Idiomaterno*, acolhedor, nutridor. Alimento para a alma. Alento.
O que há lá? Não conto. Vá presenciar e desvendar.
Posso causar estranheza, na minha exaltação, aos que estejam ainda estagnados em estreitezas lingüísticas, associando museu com algo estático, um edifício que abriga relíquias. E como tudo o que eu possa dizer jamais traduzirá ou substituirá a experiência em si, que nunca será igual para ninguém, só me resta a exortação.
- Você já foi ao MLP? Então vá!!!!
Uma viagem para se fazer muitas e muitas vezes, como o próprio logotipo sugere!
Anabel
* expressão cunhada por Antonio Risério, que ressignifica nossa língua. Risério, antropólogo e poeta, é o responsável pela definição de todo o conteúdo exposto no MLP.
Leia também a entrevista com Marcello Dantas, diretor artístico do MLP.
Anabel,
ResponderExcluirSempre que visito esse Museu, sinto-me lambido...
Deliciosamente!
Abraços, flores, estrelas.
Ah, que inveja que tenho de você.
ResponderExcluirQuem me dera que na minha longínqua cidade tivesse um lugar tão aprazível como esse descrito em seu texto...
Parabéns pelo blog.
Que delícia compartilharmos o amor ao idiomaterno, queridos!
ResponderExcluirBjão