Agenda de performances, improvisações, lives, apresentações e espaço para considerações sobre atitudes cotidianas e suas reverberações no planeta. Bem vindo, bem vinda, bem vinde!
sábado, maio 31, 2008
Parceria
quarta-feira, maio 28, 2008
Assim sem disfarçar
Eu quero te dar
E quero ganhar o que você me der
Eu quero te amar
Até não saber mais o que isso é
Eu quero querer
Igual a você assim sem disfarçar
E quero escrever
Uma canção de amor para nos libertar
De todos os códigos, hábitos, truques, manias
Que insistem em estar
No meio, no centro, no canto da gente
Em lugares que eu não quero andar
Eu só quero te dar
E quero ganhar o que você me der
Eu quero te amar
Até não saber mais o que isso é
Eu quero querer
Igual a você assim sem disfarçar
E quero escrever
Uma canção de amor para nos libertar
De cada imagem errada
Que a velha palavra usada nos trás
De tudo que signifique
Que para sermos um temos que ser iguais
Eu só quero te dar
E quero ganhar o que você me der
Eu quero te amar
Até não saber mais o que isso é
Eu quero querer
Igual a você assim sem disfarçar
E quero escrever
Uma canção de amor para nos libertar
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Moska mais uma vez dizendo tudo!
Dançando "Pares"
Amigos, espero por vocês!
Bjão
Cia Danças em
"Pares"
31 de Maio de 2008 às 20hs.
Teatro do Colegio Humboldt
Av. Eng. Alberto Kuhlmann,525
Fone. 5686 4055
Ingressos R$ 15,00 inteira e R$7,50 meia
“Pares” busca explorar o rico universo das danças de casais, sobretudo aquelas relativas a ritmos e festas das diversas regiões do país como o samba de gafieira, o baião, o xote e outras, dentro do contexto urbano. Dessa dinâmica emerge uma informação fundamental do modo como se desenvolveu o relacionamento afetivo na nossa cultura: a expressão através do contato e do toque.
Ficha técnica:
grupo: Cia Danças
direção: Roberto Lage
concepção: Claudia de Souza e Roberto Lage
coreografia: Claudia de Souza
elenco: Anabel Andrés, Claudia de Souza, Cristiana de Souza, Janaína Castro,
Gabriel Moreto, Junior Domingos, Junior Gonçalves e Kleber dos Santos.
pesquisa e textos: Anabel Andrés e Cláudia de Souza
projeto de iluminação: Ari Nagô
cenografia: Luiz Trigo
produção de trilha sonora: estúdio Veio Musical
(60min, 12 anos)
segunda-feira, maio 26, 2008
Chavões sem molho
Uma única gota de agora pode fazer transbordar o que levou anos sendo represado.
É que a toda pressão correspode uma contra-pressão de força equivalente. No inconsciente a contra-pressão é ainda mais forte do que toda a educação é capaz de domar.
Mesmo a mais neutra e detalhista das memórias, não deixa de ser apenas uma interpretação dos fatos.
Por que guardamos o amor para apenas dá-lo quando o conjunto das circunstâncias for perfeito? Não há como amar o perfeito. Perfeito é o amor que acolhe as imperfeições, delas se ri, e as transmuta em sua brasa constante.
Perfeito temos o pretérito. Temos também o pretérito mais que perfeito. E é preciso cuidado com as incursões que se faz ao pretérito para não virar escravo do seu futuro. Por mais perfeito que tenha este sido. Mas é um ótimo tempo para imaginar, disfrutando do presente!
E é preciso semear encantamento neste mundo. Num pequeno canteiro que seja.
Mesmo que nada seja novidade, já que nada é o começo de tudo.
Anabel
sexta-feira, maio 16, 2008
Mundo Língua Palavra
Peguei metrô até a Estação da Luz, desci, subi, entrei no edifício que os ingleses construiram em 1901 (reformado em 1946, depois de um incêndio criminoso), e logo que entrei fui me sentindo envolver pela Língua, por todos e em todos os sentidos.
Museu da Língua Portuguesa.
Museu tão vivo nunca visitei. Tão vivo quanto a própria língua. Nosso português, pulsante, vibrante em cada palavra, em toda entrelinha.
Um museu onde me senti preenchida de significados, significações e sensações que dão à identidade pela língua vivacidade, fluidez, sustentação, tesão!
Transformação, incorporação, apropriação, ações de infinito renovar. Recriar.
A beleza de ter tantos países navegando no mesmo idiomar. Ou um vôo espacial, que nos permite ver o planeta em português. Idiomaterno*, acolhedor, nutridor. Alimento para a alma. Alento.
O que há lá? Não conto. Vá presenciar e desvendar.
Posso causar estranheza, na minha exaltação, aos que estejam ainda estagnados em estreitezas lingüísticas, associando museu com algo estático, um edifício que abriga relíquias. E como tudo o que eu possa dizer jamais traduzirá ou substituirá a experiência em si, que nunca será igual para ninguém, só me resta a exortação.
- Você já foi ao MLP? Então vá!!!!
Uma viagem para se fazer muitas e muitas vezes, como o próprio logotipo sugere!
Anabel
* expressão cunhada por Antonio Risério, que ressignifica nossa língua. Risério, antropólogo e poeta, é o responsável pela definição de todo o conteúdo exposto no MLP.
Leia também a entrevista com Marcello Dantas, diretor artístico do MLP.
segunda-feira, maio 12, 2008
Maio 68
O mundo estava em ebulição, e por certo, muito do que vivemos hoje em termos de comportamento ocidental, é de lá que reverbera.
Duas reflexões de mulheres a respeito daquele momento que merecem ser lidas:
Miriam Brasil
Adília Belotti
recados
Ontem, numa conversa com minha manina Dani (Lasalvia), sairam voando de sua boca algumas borboletas que Caio Fernando Abreu mandou, e que me levaram à teoria do caos, e a Lao Tsé, em menos de quinze minutos!!!
As borboletas e as aranhas sempre me falam em momentos de virada. À vezes também aparece o camaleão David Bowie nalgum sonho cheio de simbologias.
Agora mesmo tirei o Louco no tarot. Arcano zero.
Laila estava muito inquieta hoje. Acho que nunca a vi tão agitada assim.
Amanhã, quando acordar, vou lembrar do que sonhei.
Anabel
PS: ah, sim, o primeiro telefonema que recebi esta manhã pelo dia das mães, foi de uma desconhecida maravilhosa, por engano!
domingo, maio 11, 2008
Conflito de corpos
Ela, mesmo com a retaguarda erguida, convidou-o pra dançar. Ele entrou na roda, meio sem jeito, "que é que os outros vão falar?"
Ela madura, contemporânea, num balé rastejante, serpenteiro, descalço.
Ele Bboy nascente, em arcos e quebras, cuidando pro tênis não pisar onde não podia.
Eu vi. Os dois assustados, mas procurando as possibilidades daquele diálogo esférico.
Não havia câmera pra filmar aquela riqueza daquele momento ímpar.
Naná com o berimbau "Já que tu não quer saber de mim"...
Quando a improvisação acabou, cada um tomou seu rumo. Ele foi embora com a turma, como se tocasse a sineta da escola. Ela ficou e comentou o quanto aquela experiência a fizera sentir-se "em risco".
Não sei o que virá disso, espero que possa ser um caminho, e que eles acreditem que é possível esse diálogo alcançar uma contaminação. Mas às vezes o medo do novo é mais forte do que a ousadia de, não tendo um passo pra mostrar, dá-lo na dança.
Eu torço pra que eles ousem vir ao menos mais uma dúzia de vezes.
Pena eu não ter câmera filmadora.
Mas registrado está. Eu vi. Eu estava lá. E dançava com eles também.
Anabel
PS.: sobre o encontro da Dança Vocacional na Casa de Cultura Tremembé de quinta-feira, 08/05/2008.
quinta-feira, maio 08, 2008
xodó
gostar
sorrir
arder
chegar
ouvir
cheirar
querer
roçar
beijar
sussurrar
abraçar
acariciar
tocar
lamber
esfregar
morder
beijar
respirar
escutar
suspirar
ritmar
sussurrar
cheirar
chupar
sorrir
gemer
fluir
fruir
abrir
penetrar
beijar
acariciar
brincar
gozar
abraçar
beijar
suspirar
olhar
gostar
beijar
sorrir
acariciar
recomeçar
cansar
abraçar
beijar
suspirar
olhar
beijar
cheirar
gostar
sorrir
adormecer
feliz
Anabel
foto: Cananga Odorata, Ylang-Ylang
terça-feira, maio 06, 2008
Sobre Sapatinhos Vermelhos
Cada bobagem! Quando bate a carência da mente infantil ainda ferida, a gente acaba calçando os primeiros sapatinhos vermelhos que aparecem, e acaba não sendo mais dona dos próprios passos! A alma esfomeada é capaz de qualquer doideira.
Anabel
To a discerning eye;
Much sense the starkest madness,
'Tis the majority
In this, as all, prevail.
Assent, and you are sane;
Demur - you're straightway dangerous,
And handled with a chain.
Emily Dickinson
Loucura é razão sublime
Para um olho perspicaz.
Muito juizo é pura
E simplesmente loucura.
A opinião da maioria
Nisto e em tudo prevalece.
Se concordas, és sensato.
Discordando - és perigoso
E acorrentado no ato.
trad. Idelma Ribeiro de Faria
in Dickinson, Emily, Poemas - edição bilíngüe, trad. Idelma Ribeiro de Faria, SP, editora Hucitec, 1986
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Acho essa tradução meio dura para a fluidez do poema da Emily Dickinson, mas o adoro e a amo, e estava ouvindo seus ecos hoje.
Uns anos atrás me atrevi a musicar vários de seus poemas, acabei mostrando para muito poucos amigos, e engavetando. Mas ainda gosto da combinação. A Nun até tinha sugerido de fazer um cd, mas isso foi antes dos furacões e tempestades. Acho que a última vez em que os cantei foi num domingo frio em que Luiz Claúdio e Anunciação foram em casa, e nos esparramamos em blues, poesia, mantras inventados, e todo tipo de conversa profunda e rasa, com piano, violão e diversos objetos sonoros. Ano da graça de 2004...
Gosto muito da apresentação da Emily que Idelma R. de Faria escreve, intitulada "O Mito de Amherst", no mesmo livro. Diz no segundo parágrafo: Escolheu como forma de vida a solidão e a poesia.
Acho tão bonito que quase tenho inveja! Da escolha da Emily!!!! ;)
domingo, maio 04, 2008
Alerta de novo trânsito astrológico
Vivificação do humor04/05 (hoje) às 7h28 a 21/05 às 0h06Marte em sextil com Lua natal | |
Bom humor e boa disposição social tendem a ser a tônica do período que vai dos dias 04/05 (hoje) às 7h28 e 21/05 às 0h06 para você, Anabel. Marte estará formando um ângulo estimulante e harmonioso à sua Lua de nascimento, e isso costuma dar uma dinamizada à vida emocional do indivíduo. Cores mais leves passam a tonificar o seu emocional, e este não é apenas um momento socialmente interessante como, sobretudo, tende a ser uma fase de reações emocionais positivas. |
sábado, maio 03, 2008
Ciclo
Anabel
quinta-feira, maio 01, 2008
Imprópria
Meus pelos pubianos extravasam da calcinha,
Meu peito não tem silicone.
No meu movimento, não busco o melhor ângulo para uma câmera,
ondulo com o prazer.
Minha buceta e meu cú pulsam com meu coração e minha boca,
meus fluidos se esparramam com minha alma.
Meus gemidos são de fêmea em êxtase,
não de boneca em chamas.
Meu tesão é selvagem.
Não me empresto.
Me dou.
Pra quem quero dar.
Minha dança é esquisita.
Anabel