Pra quem não sabe, no país inteiro as terras sem registro foram consideradas devolutas pela lei Imperial de 1850, ou seja, estavam "desocupadas". Em SC as empresas colonizadoras e o governo estimularam a partir de então, a vinda de imigrantes europeus que logo formaram seus núcleos coloniais, no Vale do Itajaí e diversas áreas em direção oeste do Estado.
O choque entre indígenas e colonos não foi pacífico. Os Botocudo cercados pelos núcleos coloniais, estavam sendo exterminados por grupos de bugreiros patrocinados pelo Governo Estadual. Em 1908 houve o Congresso de Americanistas em Viena e esta situação foi denunciada em nível internacional. O governo envergonhado criou em 1910, com o apoio de Candido Mariano da Silva Rondon, o Serviço de Proteção aos índios e Localização de Trabalhadores Nacionais.
Em SC o SPI começou a atuar em 1912 e dois anos após, é feito o primeiro contato amistoso, sob a liderança de Eduardo de Lima e Silva Hoerhann. Com isso iniciou-se o processo de pacificação entre indígenas e colonos.
Escrevo isso não para comemorar, mas para lembrar um fato acontecido na história catarinense, muito abordado pela literatura histórico-antropológia, porém pouco esclarecido.
Quem quiser saber mais:
HOERHANN, Rafael C. L.S. O Serviço de Proteção aos Índios e os Botocudo: a política indigenista através dos relatórios (1912.1926). 2005 - http://www.tede.ufsc.br/teses/PHST0236.pdf
Rafael Casanova Hoerhann
(mensagem enviada para a comunidade "História Indígena" do orkut)
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