Não podia deixar pra depois, tava aqui matutando... acho que muita gente pensou, ou sentiu, que o que foi discutido através dos e-mails no e-grupo do Tantra , era uma batalha, onde alguém teria que sair vitorioso. Para esclarecer, o que eu quis enfatizar é que a estratégia para reforçar os vínculos não estava funcionando, a meu ver, e isso porque eu gosto muuuuuuuuuuito do nosso encontro, do nosso processo de redescoberta, e do cuidado que trocamos com nossos parceiros. Cada vez fica mais claro que é preciso coragem para amar, para além do borboletear, que tem também outra lindeza, com membranas pra discordar, não pra mandar tudo à merda, porque não correspondeu a uma expectativa, mas, com sinceridade, se possível olhando nos olhos, e com amor, ultrapassar o enfrentamento e entrar na dialética do amor. Saimos todos vitoriosos.

Coragem, lembram do leão do Mágico de Oz? Inteligência, lembram do espantalho? Sentimento, lembram do homem de lata? Voltar para casa, lembram da Dorothy? É preciso caminhar pela estrada de tijolos amarelos, e superar um monte de desafios, mas se vamos juntos, nos ajudamos, no próprio caminho vamos descobrindo nossas qualidades, e no final nossos vínculos nos transformaram, e a toda a paisagem, antes mesmo de voltar ao grande Mágico, além do arco-íris!
Imagem: "O Mágico de Oz", dir. Victor Fleming, 1939, com Ray Bolger, Jack Haley, Judy Garland, Bert Lahr