terça-feira, maio 06, 2008

Much madness is divinest sense
To a discerning eye;
Much sense the starkest madness,
'Tis the majority
In this, as all, prevail.
Assent, and you are sane;
Demur - you're straightway dangerous,
And handled with a chain.

Emily Dickinson





Loucura é razão sublime
Para um olho perspicaz.
Muito juizo é pura
E simplesmente loucura.
A opinião da maioria
Nisto e em tudo prevalece.
Se concordas, és sensato.
Discordando - és perigoso
E acorrentado no ato.

trad. Idelma Ribeiro de Faria

in Dickinson, Emily, Poemas - edição bilíngüe, trad. Idelma Ribeiro de Faria, SP, editora Hucitec, 1986

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Acho essa tradução meio dura para a fluidez do poema da
Emily Dickinson, mas o adoro e a amo, e estava ouvindo seus ecos hoje.
Uns anos atrás me atrevi a musicar vários de seus poemas, acabei mostrando para muito poucos amigos, e engavetando. Mas ainda gosto da combinação. A Nun até tinha sugerido de fazer um cd, mas isso foi antes dos furacões e tempestades. Acho que a última vez em que os cantei foi num domingo frio em que Luiz Claúdio e Anunciação foram em casa, e nos esparramamos em blues, poesia, mantras inventados, e todo tipo de conversa profunda e rasa, com piano, violão e diversos objetos sonoros. Ano da graça de 2004...
Gosto muito da apresentação da Emily que Idelma R. de Faria escreve, intitulada "O Mito de Amherst", no mesmo livro. Diz no segundo parágrafo: Escolheu como forma de vida a solidão e a poesia.
Acho tão bonito que quase tenho inveja! Da escolha da Emily!!!! ;)


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