quarta-feira, novembro 09, 2022

Para Gal





(Um mosaico musical bordado em colagem patchwork poético pra ela, Gal)

 

Índia tigresa doce bárbara 

sempre Gabriela

Que força estranha

leva essa voz tamanha

de verdadeira baiana

fatal, tropical, luxo só

morar longe, sonho meu?

Foi gravar um disco voador 

para lançar no espaço sideral?

Não faz mal

seu nome é Gal

e eu amo igual.

Deusa de assombrosas tetas

quero teu leite todo em minha alma

e nas trincheiras da alegria

deste Brasil que começa a mostrar sua cara,

onde tudo é perigoso, 

mas tudo é divino maravilhoso.

Risque outro fósforo, outra vida, 

outra luz, outra cor

while my eyes go looking for flying saucers in the sky

Conte ao menos até três, se precisar conte outra vez,

faz de conta que ainda é cedo,

oh minha honey baby,

porque de amor para entender

é preciso amar,

e qualquer maneira de amor vale a pena.

Vai sem medo de se arrepender

pode ir fundo, isso é que é viver.

Esse amor que é raro e que é preciso pra nos levantar,

como o estelar das noites inumeráveis, 

soa em sua voz, sua vida, seu segredo e sua revelação,

inventando um lugar onde a gente e a natureza feliz vivam sempre em comunhão

e a tigresa possa mais do que o leão.

Baby baby eu sei que é assim

é preciso estar atento e forte,

não temos tempo de temer a morte,

porque mistério sempre há de pintar por aí.

E se acaso anoitecer, e o céu perder o azul

só não se esquece 

Baby 

baby 

we love you


Anabel Andrés 

09/11/2022


(não encontrei os créditos de autoria das fotografias, se souberem me digam, por favor)