terça-feira, agosto 18, 2015

Olhar e ver o bem em cada pessoa

Gosto muito dessa história e daquela da canção do homem, onde os amigos, e a comunidade que se importa, reconhece a luz de alguém que por qualquer razão se perde de si, e em lugar de ignorar, e torná-la invisível, ou julgá-la olhando para sua sombra, o colocam no centro e convocam seu Eu verdadeiro com palavras e música. Reconhecem seu som original. (Que também remete à Escutatória do querido Rubem Alves)
Na nossa sociedade é muito comum as pessoas tornarem o outro invisível por qualquer desagrado, feito uma escultura de Brecheret em SP, que ninguém vê porque todo dia passa por ela. Com os filhos tb vejo muita projeção nestes tempos de Facebook, sobrecarregando ou expondo os pequenos demais, como troféus, no excessivo compartilhamento de seus momentos lindos de espontaneidade.
Talvez estejamos todos precisando nos ver mais com esses olhos que essa história mostra, pois, de certo modo, o face é um pouco nossa muleta de atenção, em tempos que sobram tão poucas brechas pra uma prosa diária... mas há uma onda de julgamentos e confrontos infantis que podem cegar, dividir e invisibilizar, numa atitude de defesa dos egos.
Agora mesmo, enquanto escrevo, to aqui pensando, "puxa, adoraria estar trocando esta ideia com um amigo ao vivo". Mas já já to correndo pra algum lugar, e aproveito a brecha no face pra deixar a pontinha do fio pra gente tricotar... ;)

Vamos à história:

http://blogdoarretadinho.blogspot.com.br/2015/04/curiosidades-sobre-algumas-tribos.html

Contam que há uma tribo africana que tem um costume muito bonito.
Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia. Durante dois dias, eles vão dizer ao homem todas as coisas boas que ele já fez. A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um ser bom, cada um de nós desejando segurança, amor, paz, felicidade. Mas, às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros. A comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro. Eles se unem então para erguê-lo, para reconectá-lo com sua verdadeira natureza, para lembrá-lo quem ele realmente é, até que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele tinha se desconectado temporariamente: "Eu sou bom".

P.S.: Nunca descobri a fonte, mas várias vezes vi citado Dharma Comics.


segunda-feira, agosto 17, 2015

Adeus, Pai Euclides

Agradeço pelo legado de imensa beleza, riqueza espiritual, sabedoria ancestral, ao Pai Euclides, Babalorixá Euclides Menezes Ferreira. Encontrei duas vezes esse mestre, com minhas irmãs Vozes Bugras, um ser humano de imensa compaixão e carinho. E com certeza ainda aprenderei muito com seu legado. Meus sentimentos profundos às queridas amigas Caixeiras do Divino da Família Menezes, e a toda a família e os filhos da Casa Fanti Ashanti.
Com certeza, no Orun, Pai Euclides está radiante.