quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Tenho visto muito de perto o quanto é difícil encarar uma deficiência que se estabeleça de modo definitivo na vida de alguém. Minha mãe tem glaucoma e seu nervo ótico praticamente está todo degenerado. Passamos por vários oftalmologistas e nenhum dá uma perspectiva animadora, no máximo de tentar manter esse restinho de visão. Segundo eles, menos de 10%.
Ela, que sempre administrava a casa, cuidava das coisas e contas, adorava bater perna, visitar amigas, de repente se encontra limitada, vivendo, como ela às vezes diz, numa nuvem, que de vez em quando clareia um pouco mais.
Mas ela se recusa a aceitar o veredito. E espera um milagre. E continua sua batalha cotidiana entre colírios, Johrei e exercícios de Meir Shneider, e a saudade de meu pai. E faz trajetos que conhece de muitos anos, embora a transformação do bairro esteja cada vez mais acelerada.
Aos poucos uma adaptação à nova condição pode trazer mais autonomia.
O lance é não perder a fé e perseverar.
Verei e vejo os milagres acontecerem a cada dia.
E espero que outras pessoas possam assim seguir. Fica a dica.

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/07/31/tecnica-de-autocura-e-estimulacao-promete-fazer-voce-enxergar-melhor.htm?cpmid=cfb-saude-news

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