terça-feira, abril 14, 2009

Conversava com uma mãe, e ela me dizia que o filho, de 40 e poucos anos, a poupava tanto que não lhe contava nada de seus problemas. Me fez lembrar "O meu guri" do Chico Buarque. E pensar no sentido de poupar alguém para não lhe trazer infelicidade.
Pode-se pensar que o guri poupa a mãe da tristeza de saber de seus delitos, e esta faz que não vê, poupando-o também, com sua permissividade, de reconhecê-los, o que desde o princípio pode ter relação com a atitude inconsequente e delinquente do menino.
Num contexto mais consciente, poupar teria mais o sentido de evitar, pensar antes de agir de modo a trazer sofrimento para alguém. Diferente de ocultar, que é esconder a ação, não só para evitar o sofrimento do outro, mas principalmente o próprio diante do mal praticado, e da responsabilidade sobre o mesmo. Omitir-se, mentir, atitudes ocasionais que depois se transformam em hábitos, vícios, e a vida passa a girar em torno delas.
Além disso também me vem aquela questão do quanto é difícil definir os limites da intimidade entre pais e filhos. Nem ausente, nem invasiva, com confiança e liberdade para ser o que cada um é, e contar com o apoio que o outro sempre dará nos momentos de crescer.
Coisas para pensar...

3 comentários:

  1. Anabel,

    Nem sempre a sintonia (sincronicidade) é desejável (agradável), mas vc está em sintonia com o que anda me rodeando.

    Obrigada pela PRESENÇA !
    Me sinto menos solitária.
    Mirian.

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  2. Cabe lhe explicar melhor o comentário acima:leia o último post do meu blog.
    MBR.

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  3. Mi, também me sinto menos solitária quando te leio, percebendo que estamos em sintonia na busca de compreender melhor nosso momento neste "asteróide pequeno que todos chamam de Terra".

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