quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Mobilização Dança - Manifestação de repúdio e abaixo-assinado

6ª edição da Lei de Fomento à Dança pode ser cancelada.
Na última sexta-feira, dia 6/2, representantes e entidades da dança paulistana reuniram-se para discutir a suspensão dos editais de 2009 da Lei de Fomento à Dança - de 18/10/2005 - que deveria ser lançada, por lei, em janeiro de 2009.
Tal suspensão pode levar à futura extinção do programa que entraria em sua 6ª edição. Fator que também ocorreu com a 5ª edição do Fomento, uma vez que seu pagamento não foi concluído no fim do ano passado.Haverá, portanto, uma manifestação de repúdio à atitude da Prefeitura Municipal de São Paulo. A reunião para o abaixo-assinado será na próxima sexta-feira, dia 13/2, às 14h, no saguão da Galeria Olido (Av. São João, 473, Centro). A entrega será protocolada às 15h.

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DANÇA URGENTE: CONVOCATÓRIA A TODOS OS ARTISTAS!!!

No dia 06/02, reuniram-se profissionais, grupos e entidades da dança paulistana, INDIGNADOS com a anunciada suspensão dos editais de 2009 da LEI DE FOMENTO À DANÇA, a partir da 6º edição, que deveria ser lançada, por lei, em janeiro último. Tal suspensão pode levar a futura extinção do programa.
Convocamos a todos para uma manifestação de REPÚDIO à arbitrária atitude da Prefeitura Municipal de São Paulo, do recém eleito Prefeito Gilberto Kassab, da Secretaria de Cultura e de seu Secretário Sr. Carlos Calil.
PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO, ÀS 14H, NO SAGUÃO DE ENTRADA DA GALERIA OLIDO PARA ASSINATURA DE ABAIXO ASSINADO (a entrega será protocolada às 15h)
É IMPRESCINDÍVEL A PRESENÇA DE TODOS PARA ASSEGURAR AS NOSSAS REIVINDICAÇÕES.
POR FAVOR DIVULGUEM A TODOS OS INTERESSADOS, E COMPAREÇAM.
E-mail: artistasreunidos@gmail.comBlog: http://artistasdancacontemporanea.blogspot.com/

Justificativa Lei Fomento
No mundo globalizado, um país sem uma cultura complexa e diversificada não é um país independente. Este papel libertador da cultura só se realiza plenamente quando ela estabelece um fecundo diálogo com a arte. A arte é doadora de sentido. É sobretudo através da arte que novas possibilidades de abordar o mundo e a vida são apreendidas. É também através da arte que os homens se sentem ligados e integrados a um grupo, a uma região, a uma cidade, ao identificarem em diferentes manifestações os reflexos dos seus anseios, sonhos e necessidades. Entre as artes a dança é aquela que trabalha com o próprio corpo humano, e se comunica através de seu movimento e sua inércia. O conhecimento do corpo e a exploração de suas potencialidades funciona como um primeiro estágio de integração a partir do qual um cidadão pode atuar de uma forma mais consciente em diversas situações de sua vida. A dança contemporânea tem por vocação a investigação de novas formas de se perceber o corpo e da relação deste corpo com tudo o que o cerca. Por isso ela é uma peça-chave na construção de um projeto de cultura que respeite a diversidade de um país. Como todas as artes que lidam com o aprofundamento da percepção e se apóiam na pesquisa a dança contemporânea necessita de tempo, paciência e reflexão, o que tem pouco interesse em um mercado que aposta na velocidade e em tudo o que é descartável. Por este motivo as atuais leis de incentivo não contribuem para seu desenvolvimento. Acreditamos que pelo interesse público implícito desta dança, o estado deve tomar para si a responsabilidade de fomentá-la através de políticas públicas. Este projeto-lei de Fomento à Dança se insere neste contexto.
O projeto-lei de Fomento à Dança vem com o intuito de apoiar a manutenção e o desenvolvimento do trabalho continuado em dança contemporânea. Ao garantir a diversidade dessa produção, fortalecendo ações que visem a difusão da produção artística, a formação do público, a garantia de um melhor acesso da população à dança, incluindo principalmente aqueles que jamais puderam ter contato com a dança contemporânea e que assim vivenciarão formas diferentes de abordar o corpo, desenvolvendo uma percepção crítica em relação a estes novos pensamentos corporais, colaborando na construção da sua cidadania de uma forma bastante concreta.
Estamos propondo na lei a quantia de R$6.000.000,00 para o fomento de no máximo 30 grupos por ano. Temos que considerar que o modo de produção da dança contemporânea não se faz em escala industrial e não tendo uma vocação comercial, ela não tem muitos meios de competir nos programas de renúncia fiscal. Sendo uma arte investigativa, ligada à pesquisa ela necessita de programas com uma visão de longo prazo.
A lei de fomento à dança vem somar-se a outras iniciativas já existentes, ampliando as alternativas de financiamento à cultura no município de São Paulo.
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Estiveram presentes na reunião:

Key Sawao – Key Zetta e Cia
Ricardo Iazzetta – Key Zetta e Cia
Wellington Duarte – Núcleo de Improvisação
Valéria Cano Bravi – Núcleo de Improvisação
Zélia Monteiro – Núcleo de improvisação
Julia Abs – Cia Vitrola Quântica
Aline Bonamin – Cia Vitrola Quântica
José Renato F. de Almeida - Mariana Muniz Cia de Dança / Núcleo Eu Et Tu
Georgia Lengos – Balangandança Cia
Anderson do Lago Leite – Balangandança Cia
Carmen Gomide – Cooperativa Paulista de Dança - Núcleo Eu Et Tu
Andrea Pedro – P.U.L.T.S. Teatro Coreográfico
Marcelo Bucoff – P.U.L.T.S. Teatro Coreográfico
Marcos L. Moraes – Núcleo Marcos Moraes
Fábio Villardi – Caleidos / Passolivre
Sofia Cavalcante – Passolivre
Eliana Cavalcante – Passolivre
Isabel Marques – Caleidos
Fabio Brazil – Caleidos
Samanta Roque – Caleidos
Fernando Lee – Núcleo OMSTRAB
Sandra Miyazawa – Núcleo OMSTRAB
José Maria Carvalho – Viver Núcleo de Dança
Adriana Macul
Babi Mavés – Cia Nova Dança 4
Cassia de Souza – Siameses
Maurício de Oliveira – Siameses
Sandro Borelli – Cia Borelli de Dança
Dudu Oliveira – Cia Borelli de Dança

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