quarta-feira, junho 04, 2008

Invisível

Andava de olhos fechados: ela me dando a mão e eu indo... não me perguntava se já era hora de virar ou ir em frente ou parar, e ia. Sabia que ela estava comigo, o toque me dizia, o rítmo, a respiração, os sons, e mais um não sei quê da presença e sua vibração. Coisas invisíveis aos olhos, na verdade, coisas que os olhos não deixam ver. Coisas que sustentam e dizem sem precisar de explicação. Não há esforço, nem elocubração, só entrega. A gente sabe que está junto, simplesmente sente. E está.

Anabel

Foto: Evgen Bavcar

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