segunda-feira, maio 26, 2008

Chavões sem molho

Tudo passa e se transforma.
Uma única gota de agora pode fazer transbordar o que levou anos sendo represado.
É que a toda pressão correspode uma contra-pressão de força equivalente. No inconsciente a contra-pressão é ainda mais forte do que toda a educação é capaz de domar.

Mesmo a mais neutra e detalhista das memórias, não deixa de ser apenas uma interpretação dos fatos.

Por que guardamos o amor para apenas dá-lo quando o conjunto das circunstâncias for perfeito? Não há como amar o perfeito. Perfeito é o amor que acolhe as imperfeições, delas se ri, e as transmuta em sua brasa constante.

Perfeito temos o pretérito. Temos também o pretérito mais que perfeito. E é preciso cuidado com as incursões que se faz ao pretérito para não virar escravo do seu futuro. Por mais perfeito que tenha este sido. Mas é um ótimo tempo para imaginar, disfrutando do presente!

E é preciso semear encantamento neste mundo. Num pequeno canteiro que seja.
Mesmo que nada seja novidade, já que nada é o começo de tudo.

Anabel

Um comentário:

  1. Que delícia de texto Bel....

    Você tá cada dia melhor nessas suas escritas viu...

    Acho que quando conseguimos transpor para o papel nossos sentimentos, emoções, dá impressão que se estabelece um vínculo mais forte entre o pensar e o agir e isso torna nosso agir mais leve...É isso mesmo?!?!?!

    Um beijão cheio de saudade flôr...e na esperança de uma hora dessas conseguir desfrutar do nosso café bugra....

    Katia

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