segunda-feira, outubro 29, 2007

Mianmar / Birmânia


Olá, você ouviu falar dos protestos em Mianmar?
Mianmar é governado por uma das piores ditaduras militares do mundo. Monges e monjas Budistas começaram uma marcha pela democracia. Os protestos se espalharam e centenas de milhares de pessoas se juntaram a eles. A reação da junta militar foi uma repressão violenta. Eu assinei a petição pedindo para o principal aliado dos militares - a China - e o Conselho de Segurança da ONU interferirem na situação pedindo o fim dos assassinatos e torturas a presos políticos.

A petição ganhou mais de 750,000 assinaturas em menos de um mês e já foi entregue a líderes globais e divulgada em jornais internacionais. Estamos tentando conseguir 1 milhão de assinaturas -- assine abaixo e avise todo mundo que você conhece!

http://www.avaaz.org/en/burma_hope_lives/98.php/?CLICK_TF_TRACK

Obrigado por se tornar um defensor da democracia em Mianmar!

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Outras iniciativas:

CALCINHAS PELA PAZ

Sob protesto, mulheres enviam calcinhas a generais de Mianmar

Moças do ‘Calcinhas pela paz’ começaram a enviar calcinhas para embaixadas de Mianmar.Grupo diz que generais crêem que contato com roupas íntimas femininas enfraquece.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL153513-5602,00.html

Blogueiros driblam censura e mostram a violência
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1940163-EI4802,00.html

Acorda, acorda!
Vem ser minha amiga,

Borboleta que dorme!


Bashô

Foto: Borboleta Azul por Isis Rigoh

UM NOVO HOMEM

(Osho, Philosophia Perennis, Volume 2, Capítulo 2)

Ensino um novo homem, uma nova humanidade, um novo conceito de estar no mundo. Proclamo o homo novus. O velho homem está a morrer, e não há mais necessidade de o ajudar a sobreviver. O velho homem está no leito mortal: não chores por ele - ajuda-o a morrer. Isto porque somente com a morte do velho homem, o novo, pode nascer. A cessação do velho é o início do novo.

A minha mensagem para a humanidade é um novo homem. Menos do que isso, não. Não algo modificado, não algo contínuo com o passado, mas totalmente descontínuo.

O homem não tem vivido verdadeiramente até agora, não autenticamente; o homem tem vivido uma pseudo vida. O homem tem vivido patologicamente, o homem tem vivido doente. E não há necessidade de viver com essa patologia - podemos sair dessa prisão, porque essa prisão foi construída pelas nossas próprias mãos. Vivemos numa prisão porque assim o decidimos - porque acreditámos que a prisão não é uma prisão, mas a nossa casa.

A minha mensagem para a humanidade é: Chega. Acordem! Vejam o que é que o homem fez ao próprio homem. Em 3000 anos o homem andou a lutar durante 500 anos. Não podemos designar esta humanidade como sendo saudável. E só de vez em quando, um Buda floresceu. Se num jardim, só de vez em quando uma planta dá uma flor, chamas a isso um jardim? Algo de muito básico correu mal. Cada pessoa nasceu para ser um Buda: menos do que isso não te preencherá.

Eu declaro a tua Budidade.

Mas o que é que correu mal? Porque é que o homem viveu durante milhares de ano num tipo de inferno? Durante milhares de anos vivemos com o conceito de homem como um campo de batalha entre o baixo e o alto, o material e o espiritual, o prolixo e o lacónico, o bom e o mau, entre Deus e Diabo. As consequências disto limitaram severamente o potencial humano.

Para destruir o homem, para destruir o seu poder, uma grande estratégia tem sido usada - que consiste em dividir o homem em dois. O homem tem vivido na dualidade de ser materialista ou ser espiritualista. Foi-nos dito que não podemos ser ambos. Ser o corpo ou ser a alma - Foi-nos ensinado que não podemos ser ambos.

Esta foi a raiz da miséria do homem. Um homem dividido contra si próprio vai-se sentir num inferno. O céu nasce quando o homem deixa de se dividir contra si próprio. A separação do homem significa miséria, a integração do homem significa benção.

Até agora, a humanidade tem sido esquizofrénica - porque foi-lhe dito para reprimir, para rejeitar, para negar, muitas partes do seu ser natural. Mas ao rejeitá-las, ao negá-las, elas não são destruídas - simplesmente ficam tapadas. Ficam a funcionar a partir do inconsciente; assim ficam realmente mais perigosas.

O homem é um todo orgânico. E tudo o que Deus deu ao homem deve ser usado; nada deve ser negado. O homem pode ser uma orquestra; tudo o que é necessário, é a arte de criar harmonia dentro de si mesmo.

Mas aquilo a que chamamos religiões têm-nos ensinado caminhos para a desarmonia, para a discórdia, para o conflito. E quando estamos a lutar connosco próprios dissipamos a nossa energia. Tornamo-nos sombrios, ininteligentes, estúpidos - porque com pouca energia, ninguém consegue ser inteligente. Quando a energia transborda há inteligência. O transbordar da energia é o que causa o crescimento da inteligência. E o homem tem vivido numa pobreza interior.

A minha mensagem para a humanidade é: criem um novo homem - não dividido, integro, total.

O Buda não era total, nem o grego Zorba. Ambos são metade. Eu amo Zorba, eu amo Buda. Mas quando olho profundamente para Zorba falta algo: não tem alma. Quando olho para Buda, algo falta também: não tem corpo.

Eu ensino um grande encontro: o encontro de Zorba com Buda. Eu ensino Zorba o Buda - uma nova síntese. O encontro do céu e da terra, o encontro do visível com o invisível, o encontro de todas as polaridades - do homem e da mulher, do dia e da noite, do Verão e do Inverno, do sexo e da beatitude. Só nesse encontro um novo homem erguer-se-á na Terra.

A minha gente, são os primeiros raios desse novo homem, desse homo novus.

A divisão interna tem guiado a humanidade para um estado de suicídio. Só tem criado escravos - e os escravos não podem viver realmente, não têm nada para viver para. Vivem para os outros. São reduzidos a máquinas - cheios de habilidades, eficientes, mas uma máquina é uma máquina. E uma máquina não conhece o prazer de viver. Não consegue celebrar, só consegue sofrer.

As velhas religiões acreditavam na renúncia. A renúncia tem sido uma maldição. Eu trago uma benção para ti: eu ensino regozijo, não renúncia. O mundo não deve ser renunciado, porque Deus não o renunciou - porque é que tu o fazes? Deus é... porque é que tu não hás-de ser?

Vive-o na sua totalidade - e viver a vida totalmente trás transcendência. Então o encontro da terra e do céu é tremendamente belo; não há nada de errado. Então as polaridades desaparecem em si mesmas e os pólos opostos tornam-se complementares.

Mas o homem velho, não é verdadeiramente humano. É um humanóide, um homo mechanicus - um homem que não é total. E um homem que não é total, nunca pode ser sagrado.

O novo homem está a chegar, a cada dia. É uma minoria, é natural - mas os novos mutantes já chegaram, as novas sementes já chegaram. E o início deste século, assistirá à morte de toda a humanidade ou ao nascimento de um novo ser humano.

E tudo depende de ti. Se continuas a trepar para o velho, então o velho homem prepara-se para cometer um grande suicídio, um suicídio universal. O velho homem está pronto para morrer; o velho homem perdeu o entusiasmo de viver.

É por isso que todos os países se preparam para a guerra. A terceira guerra mundial será uma guerra total. Ninguém será vencedor, porque ninguém lhe sobreviverá. Não só o homem será destruído, mas toda a vida na terra.

Fica atento! Fica atento aos políticos - são todos suicidas. Fica atento aos velhos condicionalismos que nos dividem como Indianos, Alemães, Japoneses ou Americanos. O novo homem tem de ser universal. Ele transcenderá todas as barreiras da raça, religião, sexo, cor da pele. O novo homem não será nem oriental nem ocidental; o novo homem reclamará toda a terra como a sua casa.

Só então poderá a humanidade sobreviver - e não só sobreviver - com a chegada do novo conceito de homem... o velho é o conceito de "qualquer/ou" : o novo será "ambos/e". O homem tem de viver uma vida rica interna e externamente; não há necessidade de escolher. A vida interna não é contra a vida externa; elas são parte de um ritmo.

Tu não precisas de ser pobre por fora para ser rico por dentro. E não precisas de ser rico por fora e deixar de ser rico por dentro. É assim que tem sido até agora - o Ocidente escolheu um caminho: Ser rico por fora! O Oriente escolheu outro caminho: Ser rico por dentro! Ambos estão desequilibrados. Ambos têm sofrido, ambos sofrem.

Eu ensino a riqueza total. Ser rico por fora através da ciência, e ser rico no mais profundo do coração através da religião. E é assim que te tornarás um, indivíduo, orgânico.

O novo homem não é um campo de batalha, com a personalidade separada, mas uma homem unificado, único, completamente sinérgico com a vida na sua totalidade. O novo homem incorpora uma imagem mutante mais viável de homem, uma nova forma de estar no cosmos, uma forma qualitativamente diferente de perceber e experienciar a realidade. Por isso, por favor, não chorem a morte do velho homem. Regozijemo-nos pelo facto do velho estar a morrer, da noite estar a morrer, e do amanhecer surgir no horizonte.

Estou satisfeito, totalmente satisfeito, que o homem tradicional esteja a desaparecer - que as velhas igrejas estejam a ficar em ruínas, que os velhos templos estão desertos. Estou imensamente satisfeito por a velha moralidade estar a cair direita no chão.

Esta é uma grande crise. Se aceitarmos o desafio, esta é uma oportunidade para criar o novo. Nunca estivemos tão maduros no passado. Vivemos numa das mais belas épocas - porque o velho está a desaparecer, ou já desapareceu, e um caos criou-se. E só do caos aparecem as grandes estrelas.

Temos a oportunidade de criarmos um cosmos novamente. Esta é uma oportunidade que raramente surge - muito rara. Somos uns felizardos por estarmos vivos nesta altura crítica. Usemos a oportunidade para criar o novo homem.

E para criar o novo homem, tens de começar por ti.

O novo homem será um místico, um poeta, um cientista, tudo junto. Ele não olhará para a vida através de divisões podres. Ele será um místico, porque ele sentirá a presença de Deus. Ele será um poeta, porque ele celebrará a presença de Deus. Ele será um cientista, porque ele pesquisará a presença de Deus, cientificamente. Quando o homem for estas três vertentes juntas, o homem será total.

Este é o meu conceito de homem sagrado.

O velho homem era reprimido, agressivo. O velho homem era obrigado a ser agressivo porque a repressão sempre trás agressão. O novo homem será espontâneo, criativo.

O velho homem viveu através de ideologias. O novo homem não viverá através de ideologias, nem através de moralidades, mas através da consciência. O novo homem viverá através da consciência. O novo homem será responsável - responsável por si próprio e pela existência. O novo homem não será moral, no velho sentido; ele será imoral.

O novo homem trás um novo mundo consigo. Agora mesmo, o novo homem está obrigado a ser uma minoria mutante - mas ele é o transportador de uma nova cultura, a semente. Ajuda-o. Anuncia a sua chegada: esta é a minha mensagem para ti.

O novo homem é aberto e honesto. Ele é transparentemente real, autêntico e auto-revelado. Ele não será hipócrita. Ele não viverá através de objectivos: ele viverá o aqui e agora. Ele só conhecerá um tempo: agora, e só um espaço: aqui. E através dessa presença ele saberá o que é Deus.

Celebremos! O novo homem está a chegar, o velho está a ir. O velho está na cruz, e o novo está no horizonte.

segunda-feira, outubro 22, 2007


"A mente do homem, uma vez expandida por uma nova ideia, nunca mais recupera as suas dimensões originais." Oliver Wendell Holmes (1809-1894)físico e poeta americano

Por um triz não embarquei novamente naquela nau sentimental, sem leme, nem vela, nem timão. Um balde de água fria me fez acordar e saltar a tempo para a terra, que, em não sendo lá tão firme, como se diz, ao menos oferece mais chances de acertar o passo.
Era bom na adolescência, e a minha foi longa!, mas agora já estou meio enjoada de tanto derivar. Para ser sincera, nem tenho mais o tempo que tinha. Praticamente metade do meu tempo neste corpo já foi, e estou gostando de estar em mim, então chega de desperdiçar emoções. Principalmente com piratas.
Adoro as paisagens flutuantes, e como canta Moska, "eu amo o meu meio e não o meu fim", mas ainda não sei viver na terceira margem do rio
“por todas as semanas, e meses, e os anos - sem fazer conta do se-ir do viver”.[1] Ainda.

Anabel

[1] "A Terceira Margem do Rio", de Gimarães Rosa, in Primeiras Estórias, p.34

segunda-feira, outubro 15, 2007

"O coração está muito bem protegido em sua caixa óssea e os caminhos que levam a ele estão fortemente defendidos, tanto física quanto psicologicamente. Atravessar a vida com o coração encarcerado é como fazer uma viagem transoceânica trancado no porão de um navio. Todo o significado, a aventura, a excitação e a glória de viver estão longe de poderem ser vistos e tocados." Alexander Lowen, in Bioenergética


Quantas histórias carrega o corpo, às quais não podemos apagar, e nos fazem tropeçar em nós mesmos, até torná-las cristalinas, limpando-as da dor profunda que não pudemos assimilar de outra forma, num tempo em que ainda não racionalizavamos os acontecimentos, e que ficam a ressoar nas nossas atitudes cotidianas por toda uma vida, repetindo-se e sendo reeditadas, enquanto apenas tentamos fazer de conta que não existiram. Pensamos que esquecemos.
Eventualmente um cheiro, um lugar, uma situação, uma pessoa, uma imagem, nos fazem estremecer e nos emocionam de tal modo, que é inevitável reconhecer que há algo no fundo de nós mesmos que reverbera desde outras camadas da construção (sempre inacabada) que somos. Uma vontade de chorar de repente, uma sensação de perigo extremo - um medo, um susto, uma raiva, uma tristeza? O corpo registrou assim: uma dor, um prazer.
Podemos ser luz, alegria, prosperidade, positivismos apregoados diariamente nas imagens dos modelos de sucesso que consumimos, através de técnicas milenares ou ultramodernas. Mas consciência e autenticidade na condução de nosso destino, e a verdadeira beleza que há em nós, só podem emergir se reunirmos todos os nossos aspectos, e acolhermos com compaixão tanto as sombras quanto os pontos de luz.
A capacidade de sentirmos prazer se expande na mesma medida em que nos desanestesiamos, e permitimos que transbordem velhas dores, que se solidificaram em tensões musculares, e constituem nosso perfil.
Por onde começar? Sentir os pés em contato com o solo, reafirmar nossa relação com a terra, perceber o tremor que se inicia, e permitir que essa vibração venha nos perpassando desde a base.
Aos poucos, emerge uma sensação amplificada do próprio corpo, uma vivacidade maior nas sensações do corpo. Ao aguçarmos nosso sexto sentido, a propriocepção, saimos por uns instantes do ritmo mental habitual.
Com o tempo, vamos acessando níveis mais profundos da nossa consciência pela via do corpo, reconhecendo, fluidificando, flexibilizando, ou pelo menos convivendo mais harmoniosamente com antigos registros da nossa própria história, e retomando o contato com nossos sentimentos, desencarcerando o coração, e criando coragem para amar. Ao abandonar os altares de ilusões inatingíveis que usamos, talvez inconscientemente, para justificar nossa intolerância à realidade do corpo e dos sentimentos, criamos espaço em nós para assumir a raiva, a tristeza, o medo, a ternura, o desejo, o amor. A riqueza das experiências que colorem a vida. E então o sentido do tocar e do ser tocado se transforma em compaixão verdadeira. Sentir junto.

propriocepção: http://pt.wikipedia.org/wiki/Propriocep%C3%A7%C3%A3o

quarta-feira, outubro 10, 2007


Me surpreendi ao conhecer um homem tão interessante justamente no momento de sua passagem para outro estado. Cada vez mais tênue o véu que separa as dimensões.
Sakaizen Sakurai, um homem bom, que honra a raça humana.
Que bonito poder receber os recados que seus amigos de orkut deixaram depois que você já se foi. Me comovi muito ao ler o carinho e gratidão enormes que tantas pessoas tem por você!
Obrigada por me avisar. Prazer em conhecê-lo!
Que seja luz.

domingo, outubro 07, 2007

coisas estranhas


Ela, 2 e 1/2, quis colocar um vestido caipira, fora de época, para passear. Ele, nascido em 35, enxergou tantos fantasmas católicos (que trazia de sua infância vivida numa ditadura apoiada pela igreja) naqueles babados, que transtornado a repreendeu, e não a deixou sair daquele jeito: não queria que ela o envergonhasse. Ela chorou muito. Sentia-se tão bonita naquele vestido! Convenceram-na a tomar banho e trocar de roupa. Depois foi toda faceira mostrar o outro vestido que tinha posto, pra ver se ele aprovava... Ela anda tossindo muito.

Bel

segunda-feira, outubro 01, 2007

Q


Dia(s) 06/10, 07/10 Sábado, às 21h e domingo, às 19h

Cia. Danças
Dir.: Claudia Souza
Elenco: Anabel Andrés, Claudia de Souza, Cristiana de Souza, Ítalo Ramos, Janaína Castro, Júnior Gonçalves

12 anos. Teatro.
R$ 10,00; R$ 5,00 (usuário matriculado). R$ 2,50 (trabalhador no comércio e
serviços matriculado e dependentes). R$ 5,00 (+60 anos e estudantes c/ carteirinha)

O espetáculo apresenta uma reflexão sobre o homem e o calor sob os aspectos físicos, ecológicos e culturais em situações onde a investigação do movimento gera estados e emoções em que a constante troca de calor comanda a dinâmica das relações interpessoais.

SESC Santana
Av. Luiz Dumont Vilares , 579 - Santana
Fone: (011) 6971-8700